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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Superjoão

Como sabemos, arriscar é deixar o sólido e louvável caminho do sucesso ao optar por uma estreita ponte rumo à glória, ou, melhor dizendo, à ambição de, ou, quando muito, sugestão de glória; evidentemente, uma vez ponte, uma vez estreita, anda lado a lado (com seus dois lados, aliás) com o abismo, oferecendo a estatisticamente provável queda (não à toa a palavra fracasso, de significar o som de algo em queda, tornou-se sinônimo oficial, para além de sua eficaz metáfora, de malogro: o baque, como qualquer coisa que nos toma totalmente o controle, como qualquer coisa conduzida unicamente por uma força essencial da natureza, é uma das mais altas formas de libertação, quando opcional, mas o momento ápice de nossa incapacidade diante do contexto específico oferecido pelo mesmo momento, se compulsória).

Mas cada um sabe ou decide onde e aonde pode caminhar, e se ali pode correr ou seja lá qual outro movimento tão propenso a metáforas. 

“Ah, mas o João é concursado e vem meter esse blá-blá-blá”, alguns devem estar pensando; sim, sou-o, mas me arrisco, estou me arriscando paralelamente, num ansioso (por urgente) processo de risco. O serviço público é meu Clark Kent metafórico, um João de desnecessários óculos metafórico escondendo um João de capa metafórico, voador. 
E, a despeito da incontornável piada (a qual eu indubitavelmente faria se lesse este texto escrito por outrem) da cueca por cima do colã metafórica, há sim um símbolo que supera o indivíduo, supra-homem, que nada mais é do que sua origem extraterrena potencializado pela estadia na Terra, pelas possibilidades deste generoso planeta. 

Adiante, a cada passo completado, a sensação de que a estreita ponte era também um caminho sólido, tanto quanto o que se faz de casa à padaria, de que era apenas uma questão de zoom, ou, melhor, do caso do caminho crescer até seu tamanho adulto e ajustar sua proporção em relação a nós, de que o risco nada mais é do que um exame de ingresso para onde se devia estar, a porta da grade do zoológico para a selva destrancada, porém fechada. O Superman é a verdade, não um disfarce. 
Se voar, para o alto e avante. 
Se cair, para o fundo, sem escolha, mas, depois, novamente avante. 



(A foto não precisava, mas, sei lá, precisava sim.) 

JOÃO GRANDO
ÃOJO DRAGON

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

sobre re-sob












Em resumo: o sob sobre o sob, o de cima fica sobre e o de baixo fica sob, bem como o sobre sob o sobre, o de cima fica sobre e de baixo fica sob. E isoladamente não são nada a não ser iguais, não são nada se não relativos. Sempre o ponto de vista.
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