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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

ovni voador não identificado

Tem Texto meu no Amálgama. Eu não mando em (quase) ninguém, senão eu diria vide/ leia/ comente/ responda etc. Mas, uma vez que está publicado, sinta-se à vontade p/ ver/ ler/ comentar/ responder etc.
Abaixo alguns (...) trechos (...):

“‘Crer’ em vez de “acreditar” para, embora desprovido de qualquer embasamento semântico, dar uma conotação de fé flutuante: de não saber bem no que, mas uma fé, uma fé por si só, tão sincera que me dá medo.”


“E disso é que indubitavelmente já são feitos (...) uma materialidade possível, uma abstração certeira.”


“(...) as coisas se distorcem na hora de transformar um roxo em #800080, ou #570057, ou #C800FF, ou #4B0082 (...)”


“As coincidências fazem parte do desempenho serial (abc, abb, acb, bbc, bcc… uma hora ou outra chega o aaa, o bbb, o ccc).”


“(...) fazer-nos ver a vida na Terra de fora, tudo isso, este meio do caminho entre o bicho e a nave interestelar, ou mais esticado, entre o ser unicelular e a máquina do tempo, entre o hidrogênio e o _ _ _…_.”


“(...) o(s) universo(s) é(são) tudo. E quando pensamos num universo grande demais – no sentido físico, já que, sendo tudo, todos são finitos, mas não têm fim, como a Terra, e, se pensarmos no que dizia Goethe, que achar o infinito é lançar-se a todas as diferentes direções do finito – isso, o finito sem fim é infinito, ou, quase isso, mas não num modo abstrato, a versão prudente de infinito: os outros “i”: imensurável, incontável, inimaginável.”


“(...) o caso tenha sido de dois ouvirem falar e falarem para um outro, e o outro simular algo para alguém e para este alguém isso virar verdade e para alguém que confia naquele alguém anterior a este se ele disse que é verdade é verdade também, e os que ouviram falar ouviram uma invenção gratuita, ou a mesma relação com um número diferente de atores (as armações e os mal-entendidos são de fomento simples, basta a estes uma dose de segurança e àquelas iniciativa e falta ou distorção de ética), a sensação é real, as sensações em si são sempre reais (...)”


Um bJoão e/ ou um Grando abraço.


terça-feira, 28 de outubro de 2008

pedra nº 1

Pedra nº1
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Se fodemos.
Agora não dá mais.
Já atiraram a primeira pedra.

a 1ª pedra

Eloá morreu. A culpa é da imprensa. A culpa é da polícia. A culpa é do culpado. A culpa é da Eloá. A culpa é do amor. Bruno Barreto disse que o caso de Lindemberg é parecido com o do ônibus 174. Sandro participou da chacina da candelária. A polícia participou da chacina da Candelária. A imprensa falou que a chacina da Candelária não é legal. Lindemberg ama Eloá. Sandro não amou. Luiz Eduardo Soares escreveu um livro (entre tantos outros) no livro uma coisa que mostra (entre tantas outras) o BOPE é cruel. José Padilha dirigiu um filme a partir do livro de Luiz. Capitão Nascimento para presidente. O BOPE é herói. José Padilha dirigiu o documentário ônibus 174. Um policial do BOPE matou sem querer a refém. O BOPE é vilão. Bruno Barreto pode ir ao Oscar com o filme 174 última parada. Bruno Barreto é herói. Bruno Barreto perdeu o Oscar em 97. Bruno perdeu o Oscar. José e Luiz pensaram o ônibus 174. Gabriel o Pensador fez uma música 175 nada especial. O policial errou o tiro. O Lindemberg perdeu a vida. O Lindemberg errou. O Sandro errou. A imprensa disse que eles erraram. A imprensa disse que Bruno perdeu o Oscar. A imprensa não disse que ela errou. 40 mil pessoas no enterro de Eloá. 1 pessoa no enterro de Sandro. Sandro morreu.


Bem, falando mais racionalmente (ou oficialmente, pois raciocínio da mesma forma e a irresistível comparação-clichê fôrma) sobre o assunto, fiz um comentário tão extenso que o poderia transformar em texto, mas como inventaram o link, vide o texto de João Paulo Lima ao qual o comentário seguinte se reporta, para eu registrar sem os palavrões o que fico falando mais ou menos para todo mundo quanto o assunto é este. E assim é bom porque já dá para se saber o processo que resultou naquele texto caixa 14pt lá em cima. Ei-lo:


Esta síntese de ficção e realidade seria uma tendência pós-moderna, de a vida real ser o espetáculo, dos 15 minutos de fama. Mas o que prudentemente chamaste atenção é para o fato da imprensa “ficcionar” a realidade, ou seja, forjar uma hiper-realidade, ainda que o real alterado seja o do mundo criminal, da notícia, o que exige muito mais responsabilidade (ou neste caso culpa) do que um produto cultural, como um reality show.



Porém eu repenso o papel de um terceiro elemento que agrega o seqüestro em si, que complementa o papel da polícia e da imprensa: nós, os espectadores, os que também contam a história.
Criticamos a imprensa, mas a visão que temos foi fornecida por ela. Claro que podemos filtrar a informação que recebemos, mas não podemos ter mais informações do que temos. Analisamos o caso da TV sem conhecer pessoalmente nenhum dos envolvidos e neste sentido colaboramos para dar a ficção desta realidade, porque ainda não possuímos o conhecimento desta realidade.
Há quase um consenso em dizer que houve erro da polícia e que o rapaz se alterou devido à presença da imprensa.


Sobre o que falou Bruno Barreto, há a teoria de Luiz Eduardo Soares, da invisibilidade dos meninos de rua, da qual ele fala no documentário de José Padilha. Segundo ele, o menino de rua quer ser visto, quer marcar sua existência no mundo, pelo qual passa despercebido (quando aponta a arma ele está a estender a mão para pedir ajuda). O caso do seqüestro pode ter sim suas semelhanças (e muito provavelmente tem), porém no universo de Lindemberg, dele para Eloá, para seus amigos, para o mundo todo ver; mas temos de lembrar que é um caso pessoal, posto que o caso do Sandro do ônibus 174 é o recorte de um caso genérico, baseado no estudo de um nicho (sub)social (perdoem-me os termos não técnicos): os meninos de rua. Mas o caso de Lindemberg é muito específico, não se pode classificá-lo ainda num nicho determinado, como se pôde no caso de Sandro (e isso somente após ir atrás das informações da vida do rapaz, de investigar uma possível origem de sua motivação – o filme de José Padilha citado antes é um belo estudo sobre isso).
O que quero dizer é que é cedo para falar e que temos apenas uma superfície, fornecida pela imprensa. A impressão que tenho é que fazemos análise sobre uma versão de história, desde o começo encaixamo-la no caso do rapaz-que-faz-uma-besteira-vira-um-show-e-gera-uma-tragédia-sem-querer, subestimando sua capacidade criminal e superestimando esta influência da imprensa, e tudo isso sem ainda conhecer a história mais a fundo.
Com a ação policial o buraco é ainda mais embaixo, pois muito da técnica que aprendemos para criticar a técnica deles vem novamente da imprensa, de entrevistas de especialistas, opiniões de autoridades no assunto etc. Mas, a não ser raríssimas exceções de alguns que devem ter algum conhecimento tático sobre seqüestros, o conhecimento destas opiniões não nos habilita a fazer análises próprias. Somos ainda leigos. Eu posso dizer que tal fulano especialista nisso e naquilo disse que eles erraram, mas eu não tenho condições de afirmar o mesmo.

Claro que teu texto analisa o caso também como um exemplo, como ilustração (mas não somente isso) desta influência da imprensa, o que é muito bem observado. E sutilmente fala da fabricação (ou “potencialização”) de criminosos por parte dela e da polícia, outro ponto importantíssimo. “A responsabilidade da mídia sensacionalista precisa ser discutida e apurada”, como disseste, bem como a hipótese da polícia ter cedido à pressão da mídia (quando talvez nem devesse deixá-la se envolver tanto, dar tanta atenção). Assim é importantíssima não tanto a conclusão (porque se tem falado dela por aí), mas a análise (e o recurso de comparação com a tragédia) que usaste para se chegar a ela. Mas creio que temos de ter cuidado ainda com a simplificação do fato (não é o caso do teu texto, mas sim do que ele pode gerar nos seus leitores) para não sermos também vítimas desta “recriação do real”.

sábado, 25 de outubro de 2008

vnt ´rvrs









o vento uiva árvores o reverenciam para o lado errado o vento uiva árvores curvam-se para o outro lado o vento é forte as árvores se ajoelham mas para o outro lado o vento é foda mas as ávores não estão nem aí

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

ex-silêncio

v. i
<silence v. vi> [...]

v. ii (minha favorita, caso eu tivesse uma sinceramente)
<silence v. ii> [OI, HI]

v. iii
<silence v. v> [OI, HI]

v. iv
<silence v. iv> [OI, HI]

v. v
<silence v. i> [OI, HI]

v. iv
<silence v. iii> [OI, HI]

vêsvez

vêsvez

vês vide ver o que tem de ser feito
para após avaliar o que não
e dá para fazer
ali tem galho
ali, pepino
aqui, batata quente
lá, bomba


a idéia é sorrir
sem falar no|s problem|as
ou chorar, quando só se |um normal, mais: um não-idiota|
teria motivo para rir
e voltar ao normal |mais: idiotão|
ficar quieto
abastada merda (
rir para caralho dessa vida dos bostas (esse final está meio gratuito)


você vem o tempo todo a 140 km/h pela castelo branco
aí faz a média e ela foi de somente 100 e poucos e você não
ficou nem meia hora no trajeto
(daí já se pensa no que se pode fazer com traje/ trajeto, sim-idiota (risos))
então nem 100 km nem 1h a cem quilômetros por hora


há 100 quilômetros numa hora,
o traje do trajeto foi esse,
não importa a parte que você usou


uma parte da palavra panthera significa besta
imagina topar com um tigre no meio da noite e da selva?
já se sabe seu tamanho, seus hábitos,
sua reação alaranjada à luz,


o conhecimento nos fez desconhecer

o mundo é grande p/ burro e tem muita coisa que não conhecemos
o mundo é o nosso mundo porque é o mundo que a gente conhece, então sair do nosso mundo e conhecer uma coisa é como conhecer um mundo novo
durante os segundos (nem isso – aquele risco que divide o 1 do 2 na régua)
em que aquilo ainda não agrega o nosso velho mundo
conquistado, porquanto você já verá este filme.


a gente é grande p/ caralho porque a gente é do tamanho do nosso mundo, que é
o mundo que conhecemos, que é assim todo o mundo ou todo mundo,
então a gente é do tamanho do mundo que é grande p/ burro
o que é uma destinação - para o burro - e a gente do tamanho do burro
- para a gente -
que é para a gente explorar como burros, ou seja, como se visse pela 1ª vez
ou bestas vistas pela 1ª vez


O caralho do burro é grande p/ burro ou p/ caralho?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

round 1: não wins.

RESULTADOS


código genético:
2.750.000.000 de resultados "google" na busca do google
galvão vai à loucura:
brasil 553.000.000 vs. 453.000.000 argentina
independência ou morte, ou go home, yankees:
brasil 553.000.000 vs. 311.000.000 brazil


(a partir daqui, em milhares)
"tenho de" 1.900 vs. 4.610 "tenho que"
"a nível de" 5.150
"bastantes" 7.120
quatorze 3.190 vs. 656 catorze
sol 246.000 vs. 1.230.000 mar


o mundo anda realmente gastando energia demais ou
o mundo é hoje um lugar melhor para se viver:
luz 132.000 / escuro 5.690
amor 255.000 / sexo 119.000
23.700 poetas para 7.600 engenheiros
o mundo é um lugar romântico.


homem 43.400 mulher 51.600

[v. 006]
HÁ 2.510.000.000 DE RESULTADOS "GOOGLE" NA BUSCA DO GOOGLE (CÓDIGO GENÉTICO)
BRASIL 198.000.000 VS. 510.000.000 ARGENTINA
BRASIL 198.000.000 VS. 582.000.000 BRAZIL
(A PARTIR DAQUI EM MILHARES)
"TENHO DE" - 1.260.000 VS. "TENHO QUE" - 2.590
"A NÍVEL DE" 4.080
"BASTANTES" 2.140
QUATORZE - 847; CATORZE - 4.860
SOL 165.000 VS. 1.300.000 MAR
O MUNDO ANDA REALMENTE GASTANDO ENERGIA DEMAIS OU
O MUNDO É HOJE UM LUGAR MELHOR PARA SE VIVER:
LUZ 58.500 E ESCURO 1.840
AMOR 71.200 SEXO 42.300
14.700 POETAS PARA 2.400 ENGENHEIROS
O MUNDO É UM LUGAR ROMÂNTICO
HOMEM 20.200 MULHER 17.400
A - 12.110.000 O - 4.310.000: A VINGANÇA DAS MULHERES


Notas: mulher virou o jogo para cima de homem.
Catorze há dois anos era maior que quatorze.
O mar diminui de um tempo para cá.
Bastantes cresceu muito – a língua culta ganha espaço.


Outros resultados (claro que os acentos são desprezados e outras particularidades beneficiam algumas palavras, mas guerra é guerra)
(ainda em milhares):
foto 1.380.000
desenho 14.700
pintura 58.100
vídeo 3.440.000
musica 440.000
samba 57.700
dinheiro 40.000
felicidade 16.000
mãe 87.300
pai 58.500


O clássico do ano (ñ mais milhares):

(falta experiência aos Nardonis)
Um clássico de sempre:

E o maior clássico:


Não wins;SIM 226.000.000
NÃO 436.000.000 Nardoni 549.000 RICHthofen 779.000 Recordar é viver 196.000 Quem vive de passado é museu 59,500




terça-feira, 7 de outubro de 2008

avisos

Esqueci-me de avisar: há um texto meu no Amálgama. E ia pôr a frase sobra a Lavínia Vlasak (ou Vaslak, ou Vslak, ou wsalksvlka) aqui, mas aí enquanto eu hesitava e hesitava como faço com centenas de coisas escritas, fiz um Twitter p/ estas coisas passageiras e pus lá (não sei se durará, mas de grátis até ônibus errado*).  Enfim, avisado.


*Claro que não. Ou comigo não, violão.

Trecho do texto:

“ (...) o mundo hoje é um pouco (ou um muito, ou muitos muitos) este saco de gatos mesmo e quem sabe é tudo farinha do mesmo saco: Guimarães Rosa e Mulher-Melão, é tudo informação – tudo pode ser 0 ou 1. E sim, você pode escolher 0 ou 1, sim ou não, ser ou não ser. Ou pegar o 0 e o 1 e fazer uma combinação, misturar o improvável, algo tão óbvio que até a Coca zero faz (...)”

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

vmb


VMB08: MTV ACHANDO QUE ESTÁ SURPREENDENDO/ MARCOS MION DANDO UM JEITO DE APARECER PELADO/ MÚSICOS BRINCANDO DE HOLLYWOOD/ CHATOS QUE NEM EU CRITICANDO UMA COISA QUE É PARA ENTRETER/ UMA COISA BEM BOA: TIRARAM ALGUMAS ESCOLHAS DO POVO PORQUE ELAS DAVAM SEMPRE NO MESMO.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

[MIM] yo, ão(_jo) {dragon}


Funcionário público. Filósofo, portanto. F. público, o que pode ser filósofo público. Ou funcionário p. p/ quem não gostar aplicar os palavrões que quiser à letra p. Dotado de Fé Pública por força do decreto nº 36.689/96 do RS e alterações (corresponde à especial confiança atribuída por lei ao que o portador declare ou faça, no exercício da função, com presunção de verdade); então falei, não é só “tá falado” - é verdade.

Brincadeiras com o nome João Grando são dispensáveis, tais como João-Grande (o pássaro) ou João-Grande (o capoeirista). Respeito-os muito para os substituir. Com o célebre nome João em seu estado puro também, desde as rimas paupérrimas (João Idiotão, João feião) até as referências de grande inteligência e criatividade (João-bobo, João-sem-braço, joão dos joões do Garrincha, João-e-o-Pé-de-Feijão etc).

Nascido em outubro, tal como Pelé, Garrincha e Maradona; Drummond e Vinícius; Cartola e Mário de Andrade; Zlatan, Pavarotti e Kate Winslet; Rimbaud e e.e.cummings; Le Corbusier e Picasso; Gandhi, Nietzsche e Lennon; motivo de maior orgulho da minha vida infanto-juvenil, até por outubro ser 8 (que deitado é infinito) e 10 ao mesmo tempo, ou seja, camisa 10 do ano, sendo dezembro, portanto, o décimo segundo jogador: a torcida (quiçá por um próximo ano bom?).

Mas isto não é motivo p/ se gabar, pois os meses todos têm suas estrelas. Maio, por exemplo, trouxe à luz Tiririca, Chitãozinho e Rubens Barrichello¹.

Nascido num domingo. Um avô meu foi ferreiro, outro avô foi ajudante de marceneiro (seu pai, meu bisa) e depois caminhoneiro, meu pai foi bancário, minha mãe foi mãe e minhas avós também mães.

Eu gosto de (ou preciso, sem “de”, então) me expressar. Se eu não morrer amanhã seria bom transformar em realidade alguns sonhos.

Estudante de artes.

Escritor não reconhecido. Meia-armador amador e amador também para com o resto das coisas da vida.

Técnico em administração não praticante.

mapa~natal

Nascido num domingo de lua cheia, embora Sunday, embora durante o dia, enfim, não sei o que isso significa, se for ruim ou pejorativo eu não acredito, se for bom eu acrescento nas coisas que me dão fé.

1 Brincadeira com os aniversariantes de maio, nasceram grandes pessoas neste mês, como o Datena, o Enrique Iglesias e o Faustão, que é um dos maiores caracteres da televisão brasileira, em meio a um meio de muita pressão, concorrência e inveja conseqüente ²

2 Brincadeira mesmo, nasceram Bob Dylan, Joey Ramone, Jamelão, Marx, Freud, Murilo Mendes e outras pessoas que são um barato ou geniais (e aí inclui-se o Fausto Silva).

>>>EQUAÇÃO GENEALÓGICA<<< ==========================
Marcolino & Ida. . . . M I
Manoel & Ironilda. . . M I
João & Maria . . . . . J M
Marido & Mulher. . . . M M
Mim. . . . . . . . . . M I
Eu, João . . . . . . . i~j
retratos_yo


joaogrando
yo, ão

joaogrando

x
origem_nome

Desenho de quando tinha 6 anos [de idade]:
DSC08285

wuzzles

aglutinar as palavras jovem e ejacular (glúteos, aglutinar).
você é aquilo que come: estâmago.
ou como catástrofe e catarse ou catastrófica e catártico aglutinados não são catarsófricos,
do tipo toluço (tosse com soluço), ou Rinocaco, ou Eleru;

mas algo que seja uma catarse catastrófica – eis homem-bomba: a palavra está (é esta).


Escrito do livro que finalizei em maio de 2006 e não publiquei (talvez ainda); à época fi-lo para concorrer ao prêmio de poesia do centenário do Mário Quintana (um dos homens que fazia poesia para o povo), mas ele (o livro) era produto de um experimentalismo pessoal (pessoal porque não devia ser novidade em nível literal) que penso não deve ter agradado muito aos jurados, até porque eu, na pretensão de arranjar lugar a todas as anotações que se cumulavam em mais de 16 meses, usei até o último minuto, o que prejudicou a eficácia da minha revisão. Após o resultado, que daria uns 8 barões mais a publicação do livro, eu neguei a obra. Mas a tinta estava ainda fresca, o bronzeado ainda estava vermelho: após um tempo ele me foi uma surpresa: talvez eu tenha esquecido algumas pretensões e consegui ver de fora: no final ele se parece como eu queria.


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

o que há, velhinho?


O conceito pejorativo que se tem da velhice é o mesmo que se tem da erudição. O mundo é jovem na medida que é popular.
E o popular é a primeira instância das coisas, que depois vão se sofisticando porque perdem a graça ou a utilidade. Porque se quer ou se precisa mais. As relações financeiras eram tão básicas, lucro, juro, prejuízo, e hoje temos o mercado financeiro e seu micro universo hermético. Na maturidade, fazemos da nossa vida um micro universo hermético, que cita toda a obra anterior.
A juventude é uma coleção de novidades que se vai repetindo e perdendo força, e que por isso necessita reinventar-se para fazer um sentido maior que não somente a novidade. Depois de um tempo não impressiona mais. Precisa de detalhes mais sutis, detalhes que só iniciados percebem. A luta pelo arrebatamento e pela surpresa passa a ser mais dura.
Deixa de ser coca cola e vira uísque, deixa de ser Michelangelo e vira Andy Wharol.

 


Mas para ser velho é preciso enjoar de ser jovem. Porquanto faz parte da juventude a impulsividade, a urgência: para que ela se esgote no seu tempo, para que ela queime a si mesma.
Ser maduro é ser mais sofisticado. É ser mais novo, ser contemporâneo.
Para um velho, ser jovem é coisa do passado.
Para um velho, ser jovem é ser ultrapassado.

 



***
Se a maioria dos garçons não fosse composta de jovens, a profissão chamar-se-ia vieillard.

 

 

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