.^^.

.^^.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

livrar-se das asas

Eu podia pesquisar na www, mas eu também podia estar roubando, então a fim de não perder a essência, chamo bicho este aí que pode ser um cupim e acho que é um cupim. Enfim, um ser tentando se livrar das asas, com tanta gente querendo voar.

Amigo, fico feliz que conseguiste fugir das asas, mas se eu te abraçasse eu te mataria.


Hoje é terça, e quando eu sair da repartição eu direi até segunda. E neste meio tempo o ano vira. Felicitações e resoluções são grátis. Então quem as quiser pegar, fique à vontade. Um bJoão e/ ou um Grando abraço a todos que não mataria se abraçasse.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

vide a respectiva retrospectiva 2008

Embora a preguiça, estava quase a escrever um artigo resumão do ano, mas percebi pensando que pensando se percebe, ok, sem palavras inúteis: ao longo do ou durante o ano eu falei sobre estes assuntos que tomaram os jornais, as tevês em nossos lares e nossas reclamações de não se fala em outra coisa, assim sendo, crio aqui um pequeno índice não do que foi notícia em 2008, mas do que foi notícia e foi comentado aqui:


Nardoni’s defenestrações, Josef Fritzl pai dos próprios netos, as olimpíadasObama, os aniversário em 2008, Ingrid Betancourt e Fluminense, Lei seca, Marcelo Silva, A Favorita, reforma ortográfica, irmã DorothyBBB, PQP, VMB, LHC, CQC, SC e a enchente, o incêndio na fábrica de fertilizantes Yara, Habacuc e o assassinato do cão por causa da arte, Eloá e Lindemberg, o aniversário de 1 ano deste site e fique à vontade para ver o resto também, podendo inclusive usar as categorias.


Se não nos vermos antes do reveillon (mas acho que passo por aqui ainda), próspero ano novo e saúde caso alguém espirre e eu não esteja por perto (piada antiga).

sábado, 27 de dezembro de 2008

texto sem revisão

Um post autêntico este que virá. POrque aquela coisa meio desabafo, aquela coisa meio pôr para fora sem que isso gere alguam relevância ou simplesmente que não tenha relevância alguma, mas que alguèm por sua conta e risco leia. COmeço agora isso, mas em verdade o fiz no carro, donde estava para cá, e veio palavra por palavra e se bobear até a fonte que usaria, que no caminho calhou-me ser fonte alguma, para reforçar o tom desabafo disso e incrível como a gente (nós, que seja) se trai nesta questão do que é natural e cada vez mais o limiar é o maior lugar, as coisas são tão próximas, porque talvez exista "a coisa", como se fosse um segundo, um momento, sei lá, e tudo que for será uma coisa por um momento, sendo tudo coisas, ou seja, tudo é a mesma coisa porque qualquer coisa é uma coisa. Na palavra coisa é que tudo se encontra, ou na palavra tudo todas as coisas se encontram, inlcusive o tudo.
A verdade é que é uma loucura isso de a última coisa escrita ser a primeira num blog, afinal no blog efetivamente os últimos serão os primeiros e os primeiros foram os últimos o que é justamente o contrário de um livro, já que o último capítulo lido é o mais recente na nossa cabeça, mas já lemos todos os anteriores, já no blog a gente conhece o blog de alguém e vai lendo ao contrário, por isso não pode se importar com a ordem e haverá apenas uma ordem espontânea que mesmo não espontâneo denunciara alguma coisa, nem que seja isso mesmo (isso, no caso, seria a falta de espontaneidade).
Mas a questão não poderia deixar de ser o ano que acaba quarta (mas que já acabou hoje no Zorra Total e no Altas Horas (vide vós que não saí este sábado, tampouco preocupei-me em pegar uma fita, mas não digo que não fiz nada pois estava bom fiquei com preguiça de explicar) e mandei essa piada lá na minha irmã (na casa dela, uma metonímia talvez, se não errei) enfim) dizendo após o 10-9-8-7-6-5-4-3-2-1 do Zorra Total que "então é hoje? E a gente nem combinou nada!" na hora ficou tri engraçado, mas entretanto contudo enfim como vocÊs sabem eu vinha pensando (em verdade como eu sei, porque eu tenho talvez mais de 300 páginas escritas de regras pessoais motivações anotações filosóficas puras metas resoluções que me ocorreu agora (agora há pouco, para falar a verdade) eu as teria de trasncrever todas para deixar este texto (post, enfim) tornar-se relevante no sentido de dividir minhas descobertas (o que seria uma espécie, ou ao menos gÊnero, de conselho) então não é o caso, mas falando em caso o caso é que as minhas resoluões são muito parecidas desde 2001 e praticamente as mesmas desde 2004, quando minha vida mudou muito por causa da beleza - e desde 2001 por causa da beleza também, mas sempre por causa da beleza) e, na boa, agora fiquei com preguiça de desenvolver tudo isso, mas envolvia algumas frases e/ ou metáforas de efeito, tais quais/ como precisamos responder para que perguntem depois e uma outra muito mais sofisticada e óbvia na mesma medida, que havia usado para com minha irmã na minha irmã (metonímia nesta última palavra irmã) que era assim a justiça é cega e portanto precisa de provas, mas a rigor todas as outras coisas são cegas também e precisam de prova também: melhor falado, para quem sabe eu pôr no twitter: a justiça precisa de provas por ser cega, e todo o resto também, mas como não é uma música nem um poema eu não encaixarei em espaço algum e fica por isso mesmo - então eu quero que 2009 seja mais divertido, eu dei um exemplo de uma bola vermelho no qual num determinado contexto a bola vermelha seria a alegoria e/ ou representação visual do que nos incomoda e a bola vermelha ou vai para cima (pelo desprezo) ou volta para (pelo protesto, ou algo semelhtante, em verdade pela ação, pela atitude) ou ficava na gente, através do rancor ou da reclamação - do tipo "eu poderia fazer melhor" ou "se eu quiser eu faço o que eu quero aqui", ou seja, palavras inúteis, e me ocorreu de passar a usar as palavras só quando elas atingirem um status de ação (serem tão úteis quanto um soco) ou quando forem para me aliviar (ou os dois casos se é que no fundo - ou na superfície - eles não são o mesmo (caso R$ 10 que são). Mas me ocorreu que um quadrinho (uma história em quadrinhos, metonímia novamente talvez) cumpriria esta função de modo mais popular, eficaz, poético e divertido para mim - e menos preguiçoso, o que talvez seja um mérito por não ser um pecado capital (que é a primeira lição de auto ajuda da história e de religioso no sentido pejorativo não tem nada), enfim, de ser mais ativo, no sentido de praticar, realizar, pois eu curto mesmo a ação - então se for palavra, tem de ser palavra em forma de ação, pois talvez o resto seja uma filosofia mais competente - tudo o que eu queria falar sobre o nojo que tenho de como as pessoas analisam com bons olhos precocidade está nas tiras do Calvin - funk é tão bom quanto Joyce, pode crer, cada um no seu quadrado mas é muito foda tudo isso - um palavrão para não dizer várias palavras
Então assim ó eu vou comprar (comprarei, enfim) um violão, voltarei (vou voltar, enfim) a lutar (como prática esportiva mesmo, pois estive sempre lutando de certa forma - e se
usarmos "de certa forma" podemos sempre ter feito ou não feito qualquer coisa)
em verdade eu tinha uma série de mas por agora paro. O que faltar prometo trazer de volta se for relevante, talvez num estado mais organizado.
Mas o que fica, e isso não deixo para amanhã, mas somente para o ano que vem, é que:

TRATAR DIFERENTEMENTE "NÃO QUERO", "NÃO POSSO" E "NÃO CONSIGO" ATÉ TORNÁ-LOS OS TRÊS O MESMO.


OU TRANSFORMAR "EU SOU", "EU FAÇO", "EU POSSO", "EU QUERO", "EU ACHO DO CARALHO" ETC NA MESMA COISA.



segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

x: vezes em vez de versus

Talvez isso seja uma memória do que de positivo os comercialíssimos quadrinhos norte-americanos que se usam da trama para vender mais (notem que não pus vírgula antes do que, especificando-os portanto), do tipo Marvel vs. DC (e aí sim o “comercialíssimo” da coisa, a série Amálgama que inventaram para vender gibis, misturando de modo bizarro Batman e Wolverine) me deixaram subliminarmente, ou simplesmente a constatação óbvia do que vem acontecendo no popular “hoje em dia” ou de seu sinônimo mais seguro num nível de debate “pós-moderno”, ou ainda (para que não faltem “ou”) alguma filosofia já velha e sabida que me escape ou (mais provável se for o caso de ignorá-la, por confiar mais em minha preguiça que em minha falta de memória) falte. Ou porque eu fui maloqueiro e nerd ao mesmo tempo durante minha vida colegial e eu não estava sozinho.
Enfim:

X = VEZES EM VEZ DE VERSUS


Mais um texto na minha coluna no OPS estendendo (mas evidentemente não o suficiente) este assunto a partir desta frase por mim cunhada (ou por mim, cunhada, se falasse com a irmã de minha esposa ou esposa de meu irmão, se tivesse irmão e ou esposa, embora os tenha de certas maneiras) em meados de 2006, quando escrevia meu livro ainda não publicado.


Deixem de conferir (tipo aqueles anúncios “não leia”, que já foram geniais).



Ensejando a atmosfera editorial, final de ano para mim é época de comer doce e tomar refri sem cuidado algum, bem como champanha, ceva, pernil, pizza de mm’s, gordura saturada, dormir sempre que possível, praticar somente os exercícios divertidos (geralmente esportes), deixar tudo para o ano que vem, assistir novela, além dos clássicos/ clichês inerentes à época.
Portanto, um HO, HO, HO extra, pois embora haja muitas idéias pendentes de prática (ou ainda a maioria delas) esta não é uma época para muitas novidades. Se todos forem como eu, devem estar meio desligados – embora eu tenha esta sensação num campo ideal, já que dia 25 acabo por (às vezes) fazer muitas coisas que faria normalmente num domingo ou feriado.

Aliás, como não descobri ainda como inserir aquele plug-in/ widgjet posts semelhantes, se alguém quiser pensar mais sobre o vs., não leia isto.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

the book which was on the table is in your head now

Peguei um Meme meio antigo (mas antigo não existe) através de Língua Minha>Razbliuto (belíssima palavra, perguntem ao Daniel o significado)>Ju Dacoregio.
Meme é uma dessas coisas orkutianas e divertidíssimas, do tipo responder questionário das meninas em cadernos na infância, ainda que isso fosse realmente mais destinado às meninas.
Enfim, eis o Meme. Deixo claro que, ao menos para mim, considerei a regra de que revistas e outras coisas estão fora da brincadeira, senão tudo mudaria muito, especialmente na adolescência e antes e depois dela.


1. Livro/Autor(a) que marcou sua infância:

não é deste tipo de livro talvez que falamos, mas foi a enciclopédia Conhecer. Fascinante, a palavra descoberta cai muito bem. Eu lembro que eu pensava que o Victor Civita havia escrito toda ela e portanto o admirava muito. Na 2ª série eu me tornei quase uma Lisa Simpson por causa da enciclopédia: do tipo falar no tamanho das sequóias e hábitos alimentares de felinos (especialmente) para crianças de 8 anos de idade. E os atlas. Decorei quase todos os mapas continentais do mundo à mão livre de tanto desenhá-los. Outra coisa que marcou minha infância foi uma história infantil (sério?) que contava do encontro de um gato doméstico com um selvagem, mas acho que o que me impressionara mais foram as ilustrações.



2. Livro/Autor(a) que marcou sua adolescência:

na minha pré-adolescência: “Descanse em paz, meu amor”, do Pedro Bandeira, lido na 7ª série, através de uma parte que ao descrever uma mulher formosa (momento de grande erotismo para mim) elucidou em mim a idéia de que uma descrição pode ser mais poderosa que uma imagem, algo parecido com o que aprendi lendo sobre Garrincha e depois assistindo vídeos em que ele aparece. E com o poder da descrição aprendi o poder da palavra ou, mais que isso, da rarefação (e conseqüente velocidade, transparência, maleabilidade etc. do campo intelectual). Em minha adolescência Estorvo, do Chico Buarque, marcou-me quase pelo mesmo motivo, por me fazer prestar mais atenção às palavras do que às imagens geradas por elas. E finalmente o conto Boi Velho, do João Simões Lopes Neto, aí devido a uma imagem, que cá ficou em minha cabeça como um sinônimo de tristeza e beleza da tristeza.



3. Autor(a) que mais admira:

em princípio: Campos de Carvalho, Ranier Maria Rilke, e.e.cummings, João Cabral de Melo Neto, Vinícius de Moraes, Décio Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos.



4. Autor(a) contemporâneo:

ainda em princípio: Michel Melamed, Arnaldo Antunes, Viviane Mosé.



5. Leu e não gostou:

Mastigando Humanos, de Santiago Nazarian. O blog dele é acima da média em termos de inventividade, ele pode ser um cara legal, inteligente e até talentoso, mas não podemos sorrir tão facilmente, não em literatura: o livro achei bobo, bobo. E há uma sutil diferença entre verborragias que beiram insanidade, sutileza que difere um violino irritante de uma Quatro Estações direto no teu corpo inteiro e que difere o trabalho do Campos de Carvalho antes citado deste projeto aí.



6. Lê e relê:

basicamente os favoritos. E poesia, pois a poesia acontece na hora que se lê, é como comer um chocolate.



7. Manias:

tal qual o Daniel Lopes, também cheiro os livros. Aliás, não existe cheiro de livro que seja ruim, aliás, papel algum tem cheiro ruim. Das folhas amareladas dos sebos aos folders de novidades imobiliárias, todos têm cheiros lindos e me lembram muitas coisas. Outra mania que tenho é a de jamais me livrar de um livro, pode ser didático da 4ª série, pode ser um lixo, qualquer coisa, não consigo tocar fora tampouco doar.


Às vezes me acomete ser qual uma Bruna Surfistinha, que dizem ter mais livros escritos do que lidos, devido ao exagero com que me estendo às vezes em determinadas matérias e ao meu gosto mais por escrever por que ler. Mas ainda assim talvez seja um sintoma falso, pois no fundo gosto e muitíssimo de ler, e se escrevo pode ser quase uma homenagem à leitura. Mas tenho de ler muito ainda. Assim ensejo passar este meme à Laura , à Ruiva, ao Coelho e à Janaína (olha eu brincando de blogueiro e escrevendo só o primeiro nome das pessoas além de espalhar vários links num texto), que muito provavelmente leram muito mais que eu e os quais tenho certeza adoraram participar de tal brincadeira, inclusive estendendo-a a seus amigos-membros (no caso dos três últimos) da comunidade Verso & Prosa, a qual nos proporciona compartilhar de coisas em suas seções destinadas à discussão, por exemplo. Tanto melhor.


book-on-the-table


 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

ser favorito

Uma nuvem. Se pequena, nuvenzita.
Um barco, se pequeno, barquito.
Se for por pouco, e o pouco o for por pouco, um pouquito.
Uns favores da natureza:
existir tigres, existir plátanos, existir coisas sapientes, existir etc.
Mas um num pequeno pedaço – pedacito, portanto –
é que o é por o ser.
O caso, então, é ser um pequeno favor,
ser favorito.

 

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

alguam caixa alta

A courier new é uma das poucas letras que não parece estar gritando enquanto caps lock. Veja você mesmo:


ESCREVE ALGUMA COISA COM COURIER NEW EM MAIÚSCULAS



Isso que é elegância.
Vide vós por exemplo a grosseria da Arial:

ESCREVE ALGUAM COISA EM ARIAL MAIÚSCULA


Ou da tradicional Times New Roman:


ESCREVE ALGUAM COISA COM TIMES NEW ROMAN EM MAIÚSCULAS


Aliás, a Times New Roman fica se achando Latim quando assim caixa alta.


Aliás, eu escrevi alguam em vez de alguma e colei nalguns exemplos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

quase T1000

Eu me reporto muitas vezes ao meu post nº2: 1º post, em especial à parte da euforia que não é bem euforia, mas sob a qual seria possível comer chocolate no almoço sem sair prejudicado por isso. Há dias nos quais eu tenho a sensação de ser feito de espírito, somente de espírito, de que se se está feliz nada mais poderia nos derrubar. Nem uma bala nos cornos. Porque o peso do chumbo do tiro não seria páreo para a leveza do vazio ou ao menos rarefação de ter se expressado, de ter feito o que tinha de ser feito. Em sexta-feira tchau vira bom final de semana. Bom final de semana. Feliz ano novo, Páscoa, natal e carnaval. Kit Kat p/ o jantar.

alt + 3

copia-de-courage1

<courage>♥</courage> <coragem>♥</coragem>

sexta feira 13º

Hoje recebi o 13°. O 12º já era, e os outros 11 também.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

[OPS!] monalisa vs. sistina

monalisa



Ops, esqueci de dizer que estreei como colunista no OPS!
Faço agora parte como colaborador d'O Pensador Selvagem, este belo projeto idealizado e organizado pelo múltiplo Rafael Reinher, projeto que além de produzir conteúdo interessante ainda conta com blogs criativos e inteligentes tais como o Ágora com Dazibao no Meio e o do Guga Alayon, além de tantos outros.
Em breve, farei daqui um link decente para meu perfil lá.
Meu texto de estréia, na coluna que se chama Cultura saturada, é o Monalisa vs. Sistina, de cujo recortei o trecho seguinte:

"Um duelo entre Monalisa e os senhores e senhoras atléticos da Capela Sistina não seria uma covardia: se eles têm força física, são gigantescos (o Adão teria quase três metros se se levantasse daquela colina, sem falar nas sibilas e profetas) e têm no time ninguém (ou melhor, Ninguém) menos que o criador do universo, a Gioconda revela em seu sorriso esfumaçado alguma ironia, alguma arrogância, alguma prepotência de quem tem um poder misterioso, de quem nem parece humano, de quem mesmo tendo um cenário medieval e místico como as coisas medievais eram às costas, olha para frente, para o futuro, e olha para onde você for."

calamidade - SC

A situação do leste de Santa Catarina nos deixa constrangido em falar em outra coisa.
Tudo parece bobagem, supérfluo, inútil etc. ao se aproximar da falta de saúde, da falta da paz: das tragédias em geral.

Duvido que Deus não tenha consciência disso, está em todos os telejornais, mas assim mesmo as pessoas pedem, oram por quem nem conhecem. E mais uma vez vemos o potencial solidário de ser ser humano, especialmente com a tão necessária ajuda material. Isso é muito bonito.



O bom seria termos esta consciência de maneira contínua. O mundo está sempre em estado de calamidade, a tragédia sempre se reparte por aí.
Sempre alguém precisa de comida, de um armário, de um agasalho. Do lado da nossa casa. Então espero que o exagero de desgraça em SC funcione como funcionam os desfiles de moda, que ao mostrar exageros nos dão tendências do que fazer no cotidiano. Ontem vi que passou Todo Poderoso na Globo durante a tarde, e a mensagem moralizante do filme somada à campanha do Fantástico deve ter deixado muitos brasileiros com o coração repleto de solidariedade (que é uma das coisas que mais repleta o coração). Espero que isso não se encerre em um depósito e perdure como atitude ante o mundo, mesmo que em pequeníssimas coisas.

Se o mundo está sempre em calamidade, segundo eu mesmo, não nos podemos constranger em falar do resto. O belo é tão útil quanto o útil [...], disse, segundo o Wikiquote, Victor Hugo. O que me permite dizer que acho bonito Mallu e o Camelo juntos em tempos de tragédia catarinense. Parece amor imaterial se materializando. De tudo aquilo de intelectual, sentimental e estas coisas às quais convém chamar alma/ espírito. E, como disse antes, com uns beijos etc. para representar esta comum admiração/ falta/ predileção e torná-las úteis. O abraço deles é um recorte daquilo tudo que se tem falado a respeito. É um recorte meu, que assim despreza todo o resto que não fora destacado. Este momento parece ser feliz dentro daquilo que o Camelo parece ser. Agora ele pode passear com seu sapato novo e acompanhado e ser ingênuo à vontade. E isso é a única coisa que falarei sobre isso (acho). Mais que isso fico constrangido, mas por outros motivos. E ao menos agora alguns pseudo-intelectuais/ intelectuais perceberão o valor de uma Contigo!.



Para encerrar, o girassol que eu ganhei (cortaram-no do caule, recebi somente a flor, ganhei um moribundo), uma belezinha de um 25 cm de diâmetro, após duas semanas bebendo água de um jarro está mais e mais perto da morte e com isso seu cheiro ficou forte na sala.
O cheiro da morte me parece cheiro de vida. O cheiro da morte do girassol talvez seja o cheiro de vida acentuado, um orgasmo da vida, de seus últimos momentos antes do fim (se lembrar, porei um texto que falo sobre isso, um texto que é um trecho do livro que talvez um dia publique e que talvez não fale sobre isso, mas isso).

E para encerrar de vez, um dos tantos esboços perdidos no tempo que subi no Flickr nestes últimos dias, de uma família lugar-comum passeando:



Tecnologia do Blogger.

Arquivo do blog