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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

1/2 morto_1/2 futuro

Nos ombros, Drummond carrega a poesia
Um pomar, um vestido, um cheiro,
uma flor mesmo, o amor, o tédio, o tempo
e eles e nós indefesos, ilesos
pela proteção de sua vigília

É chama, mas é muito sério que não é querida
Era de se evitar pensar e olhar, de qualquer coisa para evitar
Enfiou a caneta no cu e ficou grávido de poesia:

o cara não pára para um café

Robocop leva Detroit nos deltóides.
Não se pode parar um minuto.
É preciso ser metade morto, metade futuro.


pg. 153 do VÁ.pdf#-1, onde há outros poemas inéditos.

2 comentários:

  1. "Robocop leva Detroit nos deltóides.
    Não se pode parar um minuto.
    É preciso ser metade morto, metade futuro."

    Nossa, que lindo isso!

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  2. eu já tinha lido no livro. mas comento esse em específico, porque dele gostou por hora, para colocá-lo aqui. morte e futuro: verdade poética.

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