Voltei a escrever na coluna Cultura Saturada do OPS!, com este texto já escrito há mais de ano, tanto que o assunto meio que já passou - se bem que não passou não. Leia, se puder.Seguem trechos.
Aqui o texto completo.
"A blogosfera morre.
Porque a blogosfera funciona analogamente ao mundo das celebridades, a ‘celebrosfera[?]’: há gente que está lá por algo (Roberto Carlos, Ronaldo, Caetano); há gente que está lá simplesmente por estar [star?] (BBBrothers e afins), sem abrir mão de toda aquela pseudo-crítica blá-blá-blaiana anexada de bombardeio ao segundo grupo. Porém, uma vez na celebrosfera, está-se lá pelas propriedades da celebrosfera (as coisas do mundo real não importam – os gols do Ronaldo, as músicas do Caetano): lá se respira como eles respiram, como ser um astronauta em Marte – a casa tem suas regras."

"Para o ser humano a memória curta é mais selvagem: ver uma moça nua rapidamente é uma experiência mais marcante que ver uma foto sua.
Há milhares de mulheres belíssimas rodando o mundo diariamente em sites como Chagrin. Mas ver uma ao vivo, inda que muito mais meio boca do que as outras é uma experiência insubstituível, a realidade é ainda imbatível.
Até porque a imagem (uma foto de mulher nua) é apenas um dos componentes da realidade, já que ao vivo o tamanho da mulher, ambiente, cheiro e, mais que tudo, a dúvida (não se sabe exatamente o tamanho dos seus seios, não há como mensurá-los posto que a imagem é muito rápida) nos propõe uma experiência muito mais excitante (e não somente na conotação sexual), memória genética dum tempo em que não havia como significar as coisas.
Como as diferenças entre ver um tigre numa enciclopédia, num zoológico e numa selva."
ANTES ERA BLOG E BIG BROTHER
Aqui o texto completo.
"A blogosfera morre.
Porque a blogosfera funciona analogamente ao mundo das celebridades, a ‘celebrosfera[?]’: há gente que está lá por algo (Roberto Carlos, Ronaldo, Caetano); há gente que está lá simplesmente por estar [star?] (BBBrothers e afins), sem abrir mão de toda aquela pseudo-crítica blá-blá-blaiana anexada de bombardeio ao segundo grupo. Porém, uma vez na celebrosfera, está-se lá pelas propriedades da celebrosfera (as coisas do mundo real não importam – os gols do Ronaldo, as músicas do Caetano): lá se respira como eles respiram, como ser um astronauta em Marte – a casa tem suas regras."
"Para o ser humano a memória curta é mais selvagem: ver uma moça nua rapidamente é uma experiência mais marcante que ver uma foto sua.
Há milhares de mulheres belíssimas rodando o mundo diariamente em sites como Chagrin. Mas ver uma ao vivo, inda que muito mais meio boca do que as outras é uma experiência insubstituível, a realidade é ainda imbatível.
Até porque a imagem (uma foto de mulher nua) é apenas um dos componentes da realidade, já que ao vivo o tamanho da mulher, ambiente, cheiro e, mais que tudo, a dúvida (não se sabe exatamente o tamanho dos seus seios, não há como mensurá-los posto que a imagem é muito rápida) nos propõe uma experiência muito mais excitante (e não somente na conotação sexual), memória genética dum tempo em que não havia como significar as coisas.
Como as diferenças entre ver um tigre numa enciclopédia, num zoológico e numa selva."
ANTES ERA BLOG E BIG BROTHER
Esse assunto não passa não, ao menos não enquanto estivermos na era da superexposição.
ResponderExcluirÉ sim.
ResponderExcluirO problema é esse destaque inexistente, mas, vá se saber, é algo específico que não pode ser confundido com a totalidade.
Mas a possibilidade de autoexposição que é um recurso expressivo bem bom.
E sabe que, a julgar pelos nossos Flickrs etc. tu e eu não podemos reclamar. Acho TRI massa isso tudo.
sinto que tudo ao meu redor está se despedaçando
ResponderExcluirao mesmo tempo tudo jamais cessará de existir
mas os pedaços da falência estão todos
respingando em mim/nós/eu;tu