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sábado, 24 de março de 2012

Assuntos de [ante]ontem

Quando a Xuxa disparou o primeiro RRR soube: a gauchada (e entenda-se aqui gaúcho diferente de sul-rio-grandense, na medida em que aquele é este acrescido do bairrismo, o nativo que não abre mão do Záffari/Bourboun no final de semana, que leva uma bandeira com pedaços vermelhos para o Monumental exclusivamente azul, preto e branco) iria se enfurecer. Pois não sei se é um vírus "do contra" que possuo que potencializa os exercícios empáticos librianos, mas eu dei boas risadas, com ela e especialmente com a Bia Byington (que era engraçadíssima, até mesmo no vídeo (que em termos de humor perde muito para o ao vivo), e até na Malhação lá nos 90’s – ou seja, sob o limitador padrão globo) – o que contrariou os 4 minutos que assistira até então d’As Brasileiras, que posso lhes garantir não foram intencionais, e não mostraram nada mais do que o esperado, um apelinho “sensual” e um humor “devasso” (destaque às duas últimas aplicações de aspas) que só não são excitáveis para a média multidão, e porquanto lhe serve tão bem.

Também pelo pouco que não pude deixar de ver, "Coisas que Porto Alegre Fala" é a mesma coisa, o mesmo sotaque cantado (mas sem o exagero, que tinha o fim do humor) só que feito por gaúchos, então logo com eles nos rimos, enquanto a Xuxa logo vira uma vilã, afinal ela tem sotaque carioca. NÉ.


Manoel Oliveira (103 anos) e Bibi Ferreira (89) bem que podiam começar a ficar.

Seria indubitavelmente um casal [cent/octog]enário bem mais jovem que muitos Dis e Pris de (nem) duas décadas cada por aí. E jovens com todas aquelas coisas “chatas” (mais uma ênfase em mais umas aspas) de teatro, reflexões sobre imagem, cantar afinado etc.


Bem feito que o Chico morreu, após assustar toda uma geração de crianças com Beto Carneiro, o vampiro brasileiro, era o que ele merecia.

A sério agora, para um cara como eu que acha o Pânico! na TV engraçado, mas inda prefere a Escolinha clássica a ele, um cara que fazia o humor substancial, às vezes até ingênuo, ser realmente engraçado, e sem apelos sexuais ou mesmo referenciais diretos (imitações etc.), é daqueles índices do tempo que se vão, e levam seu tempo junto. O que torna mais curioso versões da escolinha ora com Sidney Magal ora Gugu “Graal” Liberato se revezando no papel de professor (papel que cabia a Chico Anysio também metaforicamente), e a coisa mais engraçada fica na outra conotação da palavra, de ver o que algumas mulheres têm de fazer para estarem (ou entrarem) ali, na televisão (sem julgamentos, apenas uma constatação do nosso mercado de trabalho no entretenimento).

Xico, Chucha, Manoel Ferreira. A tentação é grande para acabar o texto jornalisticamente com um “e o salário: ó...” ou “beijinho, beijinho, tchau, tchau!”, mas né.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Das mãos durante os discursos

De 2009, da VÁ.

ERRATA: recebi um e-mail querido ontem e, no afã de encaminhar-mo (para o da Repartição), acabei o enviando para o e-mail de publicação automática do blog, então rolou uma postagem aí que não era para ser, mas já apaguei. Já fique de aviso para mim mesmo para evitar um estrago bem maior. Fiquem com esta imagem de 2009, da , para compensar.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Quero ser Lula

I wanna be Lula

Fernando Henrique Cardoso na capa da Bravo! de fevereiro de 2012.

Fazer o quê?

Eu dando uma de Arnaldo Jabor após assistir isso:

Ontem à noite o Fantástico proporcionou-nos um dos maiores espetáculos da televisão. Um esquema de fraudes e propinas e outras corrupções no que deveria ser mais uma ferramenta da democracia: as licitações. E na área da saúde, nesta ilustre área em que idosos têm de pagar mais de 1.000 reais (e/ ou promessas, caso não sucumbam aos planos) por mês para terem um atendimento garantido, nesta área onde bebês e transplantados voltam pior do que foram às casas da saúde. Decerto que as câmeras escondidas denunciam as coisas que não são como deveriam ser, e aí que quase ninguém pode atirar a 1ª pedra; mas será que o que nos desvia do que há de platônico no estado legal não deveria ser apenas um cuspe no copo do vizinho que outro, um sinal vermelho na madrugada desprezado que outro, uma consulta à resposta de ponta cabeça das palavras cruzadas que outra?

Mas não, a câmera escondida, fria e crua, mostrou-nos porque o “leão” que nos leva boa parte do salário não consegue chegar aos humildes cordeiros que o mereceriam; mostra-nos como pagamos pelos relogiões de uma gangue de gravatas, muitíssimo mais mal intencionada que muitos descamisados amontoados em jaulas, dos quais tantos de nós, do nosso sofá, só queremos mortos e, assim, resolvidos. Mas aí damos uma espiadinha e vemos que os verdadeiros ladrões estão ali, rindo da nossa cara, nem aí para a guilhotina, com tudo organizado, com grande eficácia, assiduidade, cortesia, bom humor e fidelidade. E a nós, espectadores, resta usar o outro lado da flâmula do futebol e providenciar com um pincel atômico ali um novo cartaz, e levantar mais uma vez ao fim do escândalo em horário nobre aquele “EU JÁ SABIA”.


domingo, 11 de março de 2012

Canoas-->POA > fundo do mundo > topo de tudo

Monte Everest: 8.848 m
Fossa das Marianas: 11.034 m
centro de Canoas até o centro de Porto Alegre: 15.000 m

Canoas-->POA > fundo do mundo > topo de tudo

quinta-feira, 8 de março de 2012

PAUL, Mc... [Cartney? Não: Jean.]

“TINAM TINAMOR TINAM TINAMORAR (vc está tão linda)” – PAUL, Mc Jean. in “Quero te Namorar”, 2011.  [http://www.youtube.com/watch?v=q7bCEDLyjkc]


A pregação da pegação noturna efêmera de Teló dará lugar ao romantismo platônico-melancólico de MC Jean Paul.

Embora a música de Teló pregue também um romantismo, um romantismo baladeiro (não boêmio), sensual, urgente (afinal é A menina mais linda quem passou – e “Amanhã Sei Lá” e “Fugidinha” são focadas “nela”: uma figura feminina específica).

Mas qual romantismo não é urgente? Talvez aquele ao qual seja impossível ser, que então se inverte numa melancolia suficiente e concomitantemente densa e sutil para ficar impregnada (uma melancolia como uma neblina).
Como a do singelo single de Jean Paul: a menina no clipe foi embora num Passatão 82 com a família e, dada a idade e seus recursos inerentes, o reencontro só poderia ser confiado aos volúveis humores do destino.

Esforço-me para não me estender nas questões de objeto-específico-mas-interesse-genérico, tampouco em me dar o trabalho de citar tantos nomes, como os de mestres do funk Claudinho e Bochecha (e sua honesta pedofolia no campo idealista dos “seus 12 aninhos permitem apenas um olhar”), mas há que se perceber esta pungência incontornável que gera tantas interpretações – mas que é a mesma, reagida diferentemente.

Os furiosos e carentes recados de Guilherme (eventualmente repetidos por Santiago), como “que que tem?”, “foi você quem falou”, “que eu me lembre eu não sou de ninguém”, inda que deliberem a libertinagem, nada mais são do que o exorcismo da dor de cotovelo (mergulhar no copo, mas não no bar ao som do piano, e sim na balada ao som da sanfona, à textura do bate-coxa, dos perfumes misturados – imaginem Lupcínio de camiseta cara e mal estampada, segurando uma cerveja com a mesma mão em que emite um hang loose para o disparo de uma fotografia na qual será marcado em seguida).

Sim, os novos Reginaldos Rossis foram à luta – e, claro, as novas Maysas também (“daquele jeito” é um recado bem claro vindo da Gaiola das Popozudas).

Mas inda é o amor que agita toda essa gente.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Grando_Kuniyoshi

Inspirado num desenho de Utagawa Kuniyoshi, mais especificamente num intitulado "Senzaki Yagorõ Noriyasu". Fiz no início de junho do ano passado e nunca finalizei. Mas será fruto de uma série, mais uma na série "coming soon".

esboço samurai

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