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quinta-feira, 8 de março de 2012

PAUL, Mc... [Cartney? Não: Jean.]

“TINAM TINAMOR TINAM TINAMORAR (vc está tão linda)” – PAUL, Mc Jean. in “Quero te Namorar”, 2011.  [http://www.youtube.com/watch?v=q7bCEDLyjkc]


A pregação da pegação noturna efêmera de Teló dará lugar ao romantismo platônico-melancólico de MC Jean Paul.

Embora a música de Teló pregue também um romantismo, um romantismo baladeiro (não boêmio), sensual, urgente (afinal é A menina mais linda quem passou – e “Amanhã Sei Lá” e “Fugidinha” são focadas “nela”: uma figura feminina específica).

Mas qual romantismo não é urgente? Talvez aquele ao qual seja impossível ser, que então se inverte numa melancolia suficiente e concomitantemente densa e sutil para ficar impregnada (uma melancolia como uma neblina).
Como a do singelo single de Jean Paul: a menina no clipe foi embora num Passatão 82 com a família e, dada a idade e seus recursos inerentes, o reencontro só poderia ser confiado aos volúveis humores do destino.

Esforço-me para não me estender nas questões de objeto-específico-mas-interesse-genérico, tampouco em me dar o trabalho de citar tantos nomes, como os de mestres do funk Claudinho e Bochecha (e sua honesta pedofolia no campo idealista dos “seus 12 aninhos permitem apenas um olhar”), mas há que se perceber esta pungência incontornável que gera tantas interpretações – mas que é a mesma, reagida diferentemente.

Os furiosos e carentes recados de Guilherme (eventualmente repetidos por Santiago), como “que que tem?”, “foi você quem falou”, “que eu me lembre eu não sou de ninguém”, inda que deliberem a libertinagem, nada mais são do que o exorcismo da dor de cotovelo (mergulhar no copo, mas não no bar ao som do piano, e sim na balada ao som da sanfona, à textura do bate-coxa, dos perfumes misturados – imaginem Lupcínio de camiseta cara e mal estampada, segurando uma cerveja com a mesma mão em que emite um hang loose para o disparo de uma fotografia na qual será marcado em seguida).

Sim, os novos Reginaldos Rossis foram à luta – e, claro, as novas Maysas também (“daquele jeito” é um recado bem claro vindo da Gaiola das Popozudas).

Mas inda é o amor que agita toda essa gente.

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