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terça-feira, 8 de maio de 2012

O tempo é favorito

No último 13 de outubro (o de 2011, portanto), escrevi isso, via twitter: “A verdade é que Cronos nunca deixou de devorar seus filhos. Ou ele tem praticado slow food e curtido cada um de nós, ou nossas medidas espaço-temporais, relativas para um titã, fazem de nós grãos variados que ele almoça/janta dia a dia, como arroz”.

Refleti à época que Cronos segue devorando seus filhos, até hoje, a despeito de aparentemente Zeus ter assumido o trono, e depois dele Jesus, e depois Dele, a ciência e o consciente coletivo. Claro, a metáfora é clara: Cronos é a abstração do tempo, quando, segundo a mitologia (cada vez mais corroborada pela ciência, através da astrofísica), só havia o tempo, por ter se rebentado de quando nem o tempo havia ainda.

Enfim, se houvesse uma competição geral entre todas as coisas que existem, o tempo seria o favorito pela vitória (o tempo sempre vence).

Soa desanimador a crua verdade: não podemos contra o tempo.

E aí que devemos ouvir a Bíblia B, os ditados populares: se não pode contra ele, junte-se a ele.

A paciência é a maneira que nós, humanos, as coisas mais engenhosas conhecidas, inventamos para levar o tempo no colo para, sem mais nem menos, e sem ao menos perceber, percebermos que em dado momento (e momento é com ele mesmo), ele que nos passou a levar no colo.

Então tenhamos paciência: tudo acontecerá, arrumar-se-á, venceremos tudo (ou não mais a derrota importará).

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