

O TRANSFORMERS novo não resolve nenhum destes problemas, muito antes pelo contrário: o Epps, personagem de Tyrese Gibson (o negão com cara de mal), fala umas três vezes “isso não é bom” ou algo do tipo quando alguma coisa obviamente horrível está acontecendo – isso é uma espécie de marca de erro no cinema, de roteiro mal-feito, de redundância (a famosa passagem de Leonardo DiCaprio em Titanic) – mas, ao os assumir tais erros os fazendo propositalmente, fica livre para ser puro entretenimento, cinema-consumo, duas horas de divertimento para se deixar na sala de projeção. A primeira aparição de Megan Fox deixa bem claro isso: mais que não querer convencer que aquela fantasia possa ser real (como a maioria dos filmes deste tipo fazem, ou seja, eles se levam a sério) a idéia é desistir de trabalhar com algo tão inverossímil (um mundo envolvido por robôs anteriores aos homens que parecem ter sido criados por homens) e ir aos exageros mesmo: aula de astronomia que parece composta pelo time de futebol americano do colégio e suas líderes de torcida. Em suma: quem levar a sério o filme (até mesmo relativamente aos Transformers originais (brinquedo e desenho)) o chamaria debilóide. Por outro lado, saber pelo o que pagou faz com que certas peripécias (atenção spoilers) como querer apagar o sol e mostrar o céu dos robôs não façam a gente abandonar a sala. Tudo isso, novamente, é salvo pela comédia: até porque, entre tantos exageros, o mais difícil é acreditar na MEGAN FOX com ciúmes de SHIA lAbEOUF*.
*isso soou meio frase de efeito, propositalmente, imitando o filme, porque eu não acho a Megan tudo isso, e pelo contexto do filme daria para entender o envolvimento de ambos, a despeito da aparente desproporção sexy deles. E isso seria sim possível (pois é) no mundo real.
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