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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Maior clima “eu disse...”, todos falando a mesma coisa (a definição ouvida do grande Galvão de trailer resume tudo), e eu concordo, estive sempre com a voz do povo (geralmente não ocorre, inclusivamente no futebol).
Mantive o hábito de xingar o Dunga na televisão todas as vezes que o vi, sem abrir mão de associar a grana que ganhara dela à hipocrisia de se confrontar com a máquina que a move.
Mas em verdade o Brasil não venceu porque a Copa do Mundo é caprichosa, os deuses do futebol o são assim. Os deuses da bola sabem que ganhar tudo em quatro anos e levar um grupo fechado garante vencer não.
E claro que o Dunga não levaria essa de barbada, a Copa é xarope.
E Felipe Mello é o vilão, é o Roberto Carlos da vez, o Peru subornado, Paolo Rossi, cortou o Renato da vez etc.: é preciso fomentar um desastre para não termos sido vitoriosos.

Que seja a Holanda, que mais que a Inglaterra e do que a França mereceria pertencer ao panteão de campeões mundiais, embora esta talvez seja mais um capricho que vitime a Laranja. Que deve fazer Rembrandt, Van Gogh revirarem no túmulo e Cruijf e Van Basten no sofá com este futebol apresentado em vista do que poderiam apresentar (ou nem tanto), mas não serão, porque meu palpite hoje é Alemanha tetra, ela que não deixa o caneco quicar duas vezes quando ninguém se apresenta.

Ronaldinho jogando de moto facilitaria os contra-ataques, além de se manter irreconhecível com o capacete. Ganso e Pato no Rio em quatro anos. Compensaremos, sambaremos.

O saldo já positivo, com a ajuda da Globo de Tiago Leifert e no embalo da geração Pânico, é o tom devido de comédia e diversão do futebol – restringindo cada vez mais os círculos em que a belíssima seriedade tem valor.

E a insuperável até aqui é a de Cléber Machado: “Marsiglia, imagina estar na pele do bandeira agora? Você preferia ser o bandeira ou (pausa, na infeliz jornada de achar um nome maldito) você mesmo?”. Sem dúvida, não é um Paulo Brito (GREnal 1 x 1, pegado, 40 do segundo tempo: “impressionante... como esfriou, hein, Batista?”) mas nos alegra como seu mestre Galvão, do qual eu teria uma lista de elogios sinceros à espontaneidade libertadora de sua involuntária comédia. Aliás, ontem um amigo irmãozão ganhou uma Jabulani de presente e qual o que: o primeiro comentário de um outro amigo irmaozão evidentemente: “uh, jabulaani” – nunca fomos tão receptíveis a bordões. Ah, [sic.] muleque.

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