Lápis (grafite) demora para acabar e quando acaba é barato comprar outro (ou mesmo achar algum em casa perdido, alguém emprestar); caneta acaba mais rápido, mas é barato também, dá até para - em último caso - arrancar a acorrentada à bancada envidraçada do banco para depósitos em envelope, pegar a dos seguros, dos políticos - mesmo que seja o que tu não votas; papel há por tudo, há para caralho, com vários brancos (leia-se espaços sem tintas) disponíveis - o próprio envelope de agora há pouco, o guardanapo - em último caso - ou primeiro, em vista da urgência - há a gordura expelida pela pele na ponta do dedo para marcar a janela - sem contar a areia, a faca etc. Erremos. Erremos muito, sempre, que o acerto errático está ali, fossilizado pelo futuro eterno, para ser achado, dissecado, explorado, suposto, confundido com o erro que o enterrou e assim o protegeu dos outros para que a descoberta fosse tua. "Acertar o erro" abarca todo o espaço disponível em voltar do vermelho no centro do alvo - o céu, a própria cara (um flecha selfie); confundamo-nos que já não interessa, interessa cavar, olhar para cima, arriscar, a agulha no palheiro e olha o palheiro etc. Erremos.
.^^.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014
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