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terça-feira, 10 de junho de 2008

indiana joão

Antes de tudo, este título merece uma paródia a ser mais explorada. Mas já vale por enquanto.



É sobre Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (como se suspeitava desde o princípio). Sobre isso, iniciara eu um esboço mental ilustrando a ilustração do plano inicial, em que um carro cheio de jovens sendo guiado doidamente invade o espaço de uma frota militar guiada organizadamente: mudanças, o novo invadindo o velho, mas um velho que se mantém, um velho conotado de antigo, velha guarda, e não de ultrapassado. Mas, ao ler algumas críticas, vi que tudo o que está no filme já está bem marcado: a paranóia dos EUA; a visitação às propriedades originais da série, especificamente a relação estabelecida com o primeiro filme (e segundo aventura cronológica) da trilogia do século passado; o conflito ceticismo x mágico (sintetizado conceitualmente pela anamorfose que faz da ponte invisível no desafio final de A Última Cruzada, como disse aqui); as pontuações de época; um potencial não aproveitado plenamente; a afirmação da ação acima da realidade, criando um espaço de violência e risco lúdicos, como homenagem à ação e o que ela representa em cinema; o retorno a ícones de cinema, como Clint fez n’Os Imperdoáveis consigo mesmo, buscando o real de sua personagem lendária, e como Stallone e outros fizeram recentemente; a mitologia mesmo e a micro-mitologia de Jones, o universo mesmo e o micro-universo de Jones etc.



Só não posso ouvir o filme é longo demais. Isso pode até ser certo, mas é o tipo de crítica que não gosto de ouvir, simplesmente não gosto. Que ele tenha explicações desnecessárias, cenas repetidas, mas um filme nunca é longo demais. Todo diretor deve chorar algumas cenas cortadas pelo nobre trabalho do montador.



Mas eu tirei o melhor do filme: recebi um presente do meu subconsciente ou adquiri uma capacidade ainda não dominada de escolher os sonhos (o que talvez dê no mesmo): eu me sonhei como Indiana Jones.


S/ chapéu, s/ chicote, s/ estes clichês, mas numa aventura. Mistérios revelados. Queridos entes juntos, salvando-os. Ovos de dinossauros, dinossauros. Emoção de verdade que não acontecem de verdade. Tudo dando certo no final. Fugindo da morte, pulando quando se precisar pular, socando quando se é preciso (mas não necessário somente, vontade sempre).



Tanto no filme quanto no sonho, sabe-se que no final não se vai morrer. Então é um jogo de fugir da morte.


E no sonho, tem-se a sensação de que crer que não se morrerá é ser imortal.



E ontem pela manhã chovia (tal qual o mar num céu com furos de Saramago) aqui em Canoas-RS (precisaríamos de canoas, se eu fosse de trocadalhos do carilho (como este por si só sintetiza a babaquice (no bom sentido) deste método)) e, para ter dinheiro, é preciso vir p/ repartição colaborar com/ lutar contra a fama que os funcionários públicos têm.


E depois do sonho de ontem...


eu não nasci p/ isso.

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