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terça-feira, 19 de junho de 2012

OS PRIMEIROS SERÃO OS ÚLTIMOS #1


1ºs_últimos nº1: Alexandre Inagaki
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1º post: http://www.fimdamente.org/logopeia/2000_12_01_arquivos.shtml [no fim da página]



Quando os anos deixaram de começar com 19, Alexandre Inagaki postou suas primeiras palavras na internet. Foram elas justamente “o primeiro passo”.

Isso lhe credita zombar (mas ele não o faria) de quem se gaba (quem se gabaria?) de estar no Twitter desde 2007 (o que, aliás, é o seu caso).

Talvez Ina (que devido à sua popularidade involuntariamente autoriza todos a terem uma intimidade em nível vocativo – tal como chamamos Chico Buarque só Chico, Ivete Sangalo só Ivete etc.), como todo grande iniciador, devia acreditar tanto na sua investida porque no fundo já sabia que o futuro era verdade.
Apesar que não é lá de grande risco, sob outra ótica: ele foi escrevendo e, quando vê, matéria de capa de revista (eu o conheci assim), quando vê, essa coisa toda (de o blog ficar tão grande e o tempo tão curto que um não cabe quase mais no outro).


Mas não há risco nisso? No próprio Pensar Enlouquece um dos últimos posts, escrito por Ana Carolina Moreno, divaga sobre a exposição nas variadas mídias sociais. E isso que hoje as pessoas aparecem de tudo quanto é jeito (nuas, chorando, em momentos íntimos (e nuas), reclamando, em plena euforia e compartilhado na hora da euforia etc.) e, geralmente, voluntariamente.

Mas e à época? Começar um diário que subversivamente pode ser lido por todos? Acho que aí está a coragem, geralmente em igual tamanho da crença, no desbravador Inagaki.

Ele termina com “Next, please. ;-)”: dentro deste “next” apareceram Facebook, Twitter, Instagram, Google, celular com filmagem full HD, touchscreen, Song Pop e, mais do que tudo isso, um novo tipo de profissão (da qual ele é profissional). O simpático emoction com texto simples ali usado [ ;-) ] mal sabia que seus futuros colegas evoluiriam para memes com contexto próprio, imagens-significado, gifs que valem menos que mil palavras e poderiam estar num dicionário, numa febre de enormes piadas internas (internet).
O que era apenas um novo meio de comunicação se transformou através de um processo inflacionário e transformou a vida cotidiana, colocando-a sob os holofotes, dando teoricamente microfone a todos, e tudo aquilo que presenciamos desde então.


E o Inão está aí, fazendo da revolução digital uma sinédoque, adaptando-se, sempre lembrado, sempre lembrando, estrela da casa, surgido da maré e não da praia, pegando a onda no início da onda (curioso que “nunca” foi a única palavra em caps lock no texto de estreia).

Nele, o então estudante Alexandre, abertamente falando sobre a sua (então?) timidez com as garotas, confessava que não arriscava com elas, e que assim perdera provavelmente oportunidades tantas, mas arriscou (não irei cair na tentação de comparar a internet a uma garota) abrir o livro e ganhou ali uma grande oportunidade. Apesar de assumidamente um procrastinador anônimo, deixou o amanhã para hoje.





A fórmula é simples: resgatar o 1º post de alguns blogs, pessoas etc. Afinal, ele está tão disponível quanto os outros, mas geralmente fica abandonado nesta internet que só vê resultados de buscas e conteúdos de última hora, numa injusta arqueologia de momento. Mais do que o primeiro post de um blog, a intenção é ver a primeira aparição da pessoa na história da internet. Estou acho que desde de 2008 p/ executar a série, que se inicia apenas hoje, por pura preguiça (o que já é uma desculpa antecipada para a possível inexistência ou provável demora do nº2). 

meu 1º post oficial foi post nº2: 1º post mas não foi o verdadeiro primeiro
meu 1º tweet: http://twitter.com/joaogrando/status/948155915 

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